quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um poema

O bem e o mal em nós


Nos escandalizamos com o político ladrão,
Mas damos propina ao policial.
Porque metade de nós é honestidade
E a outra metade é corrupção.

Abraçamos um amigo, desejando-lhe felicidade
Em outra oportunidade, passamos por cima
Sem pensar.
Porque metade de nós é paixão
E a outra metade é falsidade.

Somos contra o preconceito em todo espaço,
Mas desrespeito o idoso, o negro, o homossexual,
Em todo lugar que passo.
Porque metade de mim é o que digo
A outra metade é o que faço.

Para acabar com a divisão
Precisamos ir além
Acabar com essa maldade
Não ser minha, nem tua, de mais ninguém
Porque metade de nós precisa ser humana...
E a outra metade também

Eduarda Pereira e Nathália Vaz
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Este poema surgiu de uma atividade que minha aluna particular Nathália precisava fazer para o colégio. Foi difícil sair, mas quando saiu ficou legal, não foi??
Você está achando parecido com alguma coisa?? Foi baseado nessa música de Oswaldo Montenegro:

Metade
Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

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Gostou??? Então ouve aí.
http://www.youtube.com/watch?v=ujQoUEdXr_8

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